O juízo da 3ª Vara Criminal de Campos emitiu recentemente uma decisão favorável à prisão do vereador reeleito Bruno Pezão (PP). A assessoria jurídica do parlamentar, representada pela advogada Roberta Araújo, confirmou a decisão, mas a classificou como “teratológica”, alegando que estão tomando providências para contestá-la com um pedido liminar no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). A defesa também informou que o vereador não foi detido, um ponto que foi corroborado pela delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia (134ª DP), Carla Tavares, que afirmou não ter informações sobre a prisão.
Esse desenrolar ocorre em meio a investigações que envolvem o vereador desde uma operação realizada pela Polícia Civil no dia 18 de setembro, que investigou crimes relacionados ao assassinato de um cabo eleitoral na Baixada Campista.
Bruno Pezão, que à época estava concorrendo à reeleição, foi preso em flagrante sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro. A operação, intitulada “Pleito Mortal”, resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão em sua residência.
A prisão ocorreu no contexto de investigações sobre o assassinato de Aparecido Oliveira de Moraes, que foi morto dentro de seu carro em Campo Novo, no mês de julho. A polícia acredita que o cabo eleitoral, que teria influência nos colégios eleitorais de Valeta e Venda Nova, teria sido assassinado por acordos envolvendo apoio a um concorrente de Pezão.
O vereador foi solto em 20 de setembro, e, desde então, o caso continua sendo monitorado pelas autoridades. No último dia 16, Pezão também foi intimado pela Justiça Eleitoral em uma nova ação, dessa vez por suspeita de compra de votos durante as eleições municipais.
O caso segue em andamento, com a defesa de Pezão trabalhando para reverter as decisões judiciais, enquanto o Ministério Público e a Polícia Civil continuam as investigações.